quarta-feira, 28 de abril de 2010
O Predio de Apartamentos e a Urbe
Uma Cidade acaba por se mostrar um ser vivo, de múltiplas faces e aparências. Resultado da somatória de seus cidadãos, cada um, por sua vez, um universo de vontades, projetos, carater e personalidade. Na contra mão dessa diversidade, o apartamento veio compartimentar, levantar do chão, encaixotar, aparelhar, comprimir, de forma igual, tanta gente diferente. Só por isso, já não gosto da ideia, mas tem muito mais coisa ruim: subsolo é problema, elevador é claustrofóbico, escada cansa, o coletivo dá briga, altura é vertigem, subir as compras é um saco, o esgoto é muito, a rua é pouca, o estacionamento não tem, o lixo é convite ao esbulho, o gás é encanado, o condominio não funciona, o barulho enlouquece, a visita não vem, ninguem vê ninguem. Viver em comunidade não é isso. Viver em comunidade é porta aberta, criança e cachorro prá todo lado, árvore com ninho de passarinho, cadeira na calçada, dar uma lavada no carango e, principalmente, cheirinho de café...
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